Privacidade e segurança são essenciais na navegação

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Privacidade e segurança são ítens prioritários a quem navega pela Internet e não quer ser vítima de algo indesejado. Extensão Disconnect do Firefox traz vantagens interessantes.

 

Desde que a Internet verteu para o seu lado comercial, e notem que aqui no Brasil muita gente da academia e de fora dela foi frontalmente contra, existem aspectos sérios da navegação que o bom senso manda nunca serem ignorados.

Os dois principais itens são: privacidade e segurança, um dependente do outro.

O problema se origina na suposta facilitação de acesso e na tarefa de prever o que o usuário deseja. Em princípio tal recurso seria amplamente desejável, e em alguns casos realmente é, mas para que ele funcione a privacidade do usuário é invadida sem que ele ou ela tenha noção a respeito!

Por outro lado, sites aborrecem a navegação entupindo a tela de anúncios, vídeos e outras porcarias, que ninguém quer ver. Infelizmente, o abuso chegou a tal ponto que todos os navegadores modernos acabaram por oferecer recursos para combater esta prática.

Recentemente eu descobri a extensão Disconnect, recomendada pela Mozilla para o Firefox. Ela substitui com vantagens de velocidade, recursos, e ausência de aborrecimentos todos os bloqueadores de anúncio. Eu usava AdBlocker até então, e depois disso pude retirá-lo do Firefox.

 

Fica a critério do usuário final pesquisar e instalar o melhor recurso em seu navegador. No caso, o Disconnect, coincidência ou não, de fato tornou a minha navegação bem mais rápida e segura. E naqueles sites que reclamam do usuário sobre o uso de bloqueadores de anúncio, com o Disconnect eu nunca mais vi esta mensagem.

DNS over HTTPS

Como já foi comentado aqui anteriormente, o protocolo de segurança HTTPS foi desenvolvido ainda na época do Netscape e está em uso até hoje.

Este protocolo pode, e a meu ver deve, ser usado para solicitação de resolução de nomes (endereços) aos servidores DNS. Há pouco tempo atrás a Mozilla tomou a decisão de implementar este recurso, com o nome de “DNS over HTTPS” (“DNS sobre ou através de HTTPS”). O recurso é habilitado como default para instalações do Firefox em território norte-americano, mas pode ser habilitado manualmente, da seguinte forma:

Basta entrar no menu Ferramentas, clicar em Opções, depois em ajustes Gerais, escolher Configurações de Rede. No final da tela seguinte, basta habilitar o recurso, como mostra a figura a seguir.

As vantagens do recurso são óbvias: o pedido de resolução de nomes ao servidor DNS não passa pela interceptação de hackers em eventual bisbilhotagem do que o usuário está fazendo e/ou algum ataque oportunista durante a navegação.

A Mozilla alerta para eventuais riscos deste tipo de solicitação, já que alguns servidores DNS oferecem proteção contra vários tipos de risco, incluindo malware. Porém, um acordo entre a Mozilla e o Cloudfare faz deste servidor o uso concomitante dos recursos de proteção sem bisbilhotar o usuário de maneira maldosa.

O Cloudfare é o servidor default, e o servidor de DNS NextDNS a segunda opção. Mas, é possível escolher outro servidor de interesse.

Se o usuário fica em dúvida sobre os benefícios deste recurso a Mozilla disponibiliza um roteiro de perguntas e respostas a este respeito.

A privacidade de dados é fundamental

O meu banco usa “trocentos” recursos de proteção on-line para os navegadores. Anteriormente, apenas alguns navegadores poderiam ser usados, mas depois as proteções foram estendidas, com um percalço eventual ou outro.

Isso é radicalmente necessário, porque uma vez exposta qualquer transação, o risco de fraude e roubo é altíssimo. Tanto assim, que o banco exige a homologação do celular usado para identificar os QR codes da tela do navegador.

Ok, tudo isso é ótimo e necessário, mas o usuário ainda assim deve fazer uso das proteções de software local disponíveis, porque sistema algum impedirá a ação de hackers, o que se pode é dificultar ao máximo qualquer acesso maldoso.

A privacidade é necessária, sim, mas em alguns casos também se tornou desculpa para vários tipos de paranoia e teorias da conspiração. E sendo assim, é prudente achar o meio termo entre privacidade e proteção.

Alguns tipos de rastreamento são inócuos e até úteis. Por exemplo, a linha do tempo do Google Maps que me é oferecida pelo aplicativo, via Android Auto, me ajuda a achar destinos corriqueiros cujo trajeto eu ainda não decorei. Assim, uma vez dirigindo fica bem mais fácil achar o local desejado e deixar o aplicativo traçar a rota. Esses traçados, aliás, são às vezes úteis quando a gente se distrai ao volante.

Em outros casos, a invasão de privacidade é algo abominável e deve ser desprezada. As regras básicas para se evitar eventuais invasões são conhecidas e devem ser observadas, como, por exemplo:

Nunca clicar em um link sem ter noção se é seguro ou não. Links maldosos são enviados por SMS, Whatsapp e similares, e-mail, etc. Alguns deles são tão óbvios que chega a ser cômico, como por exemplo, alguém pedindo para acertar ou desbloquear contas de um site ou empresa na qual estas contas inexistem.

Mas, existe muita gente esperta por aí usando a credulidade de terceiros para passar o conto do vigário da era moderna, ou até mesmo para fazer banco de dados de informações pessoais vendidas para alguém.

No passado, eu recomendei a muita gente nunca clicar em links suspeitos e/ou apagar o e-mail imediatamente. Hoje em dia, os celulares têm proteção, mas o risco é o mesmo. Eu já recebi mensagens de texto com conteúdo suspeito várias vezes e uma delas, que apareceu repetida, foi interceptada pelo Google, a meu favor.

Privacidade e Segurança nunca são demais. A quem me pergunta, eu sempre aconselho a jamais deixar de atualizar o sistema operacional em uso. Muita gente que não faz isso se tornou alvo das vulnerabilidades extemporâneas que existem em qualquer sistema! Outrolado_

. . .

 

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Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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0 resposta

  1. Olá Paulo Roberto, fugindo do tópico, estou aqui apenas para pedir que você, como mestre no assunto, volte ao tema vinil. Embora já tenha escrito muito sobre os problemas do som analógico, no que concordo inteiramente, estou impressionado com a “força” que o mercado de LPs, agora renovado, parece estar tomando. Com certeza não é por causa da qualidade de áudio, os motivos são outros e sobre isso você falaria muito bem. Referência: https://universodovinil.com.br/2020/07/23/agora-sao-126-fabricas-de-vinil-no-mundo.

    1. Oi, Felipe,

      Não tem problema se fugir do tópico.

      Volta e meia eu acompanho esses movimentos de tentativa de retorno de mídia obsoleta, mas sinceramente não vejo nada de significativo acontecendo. Vou mais além: duvido muito que a volta do vinil cause qualquer impacto no mercado fonográfico. Quero te lembrar que só aqui TODOS os principais estúdios fecharam as suas portas e os catálogos na mão das UMG da vida, com relançamentos ocasionais. alguns sob licença.

      Se você acompanha a minha coluna sabe que tive que importar gravações importantes da bossa nova do Japão, porque por aqui as esperanças desapareceram. E agora nem lá no Japão se encontra qualquer coisa remotamente importante deste gênero de música, ou seja, quem comprou se deu bem, e quem esperou para comprar ficou na saudade. Esta retração não é indício de volta do Lp ou da fita cassete, mas sim da falta de interesse econômico da indústria. Haja visto serviços como Spotify e outros, prometendo qualidade de áudio.

      Se o vinil voltou, voltou com preços nas alturas. Só mesmo os adeptos mais obsecados irão investir nisso.

      Tecnologicamente, na minha opinião, representa um tremendo retrocesso, mas cada um sabe o que é melhor para si.

  2. Olá Paulo Roberto, fugindo do tópico, estou aqui apenas para pedir que você, como mestre no assunto, volte ao tema vinil. Embora já tenha escrito muito sobre os problemas do som analógico, no que concordo inteiramente, estou impressionado com a “força” que o mercado de LPs, agora renovado, parece estar tomando. Com certeza não é por causa da qualidade de áudio, os motivos são outros e sobre isso você falaria muito bem. Referência: https://universodovinil.com.br/2020/07/23/agora-sao-126-fabricas-de-vinil-no-mundo.

    1. Oi, Felipe,

      Não tem problema se fugir do tópico.

      Volta e meia eu acompanho esses movimentos de tentativa de retorno de mídia obsoleta, mas sinceramente não vejo nada de significativo acontecendo. Vou mais além: duvido muito que a volta do vinil cause qualquer impacto no mercado fonográfico. Quero te lembrar que só aqui TODOS os principais estúdios fecharam as suas portas e os catálogos na mão das UMG da vida, com relançamentos ocasionais. alguns sob licença.

      Se você acompanha a minha coluna sabe que tive que importar gravações importantes da bossa nova do Japão, porque por aqui as esperanças desapareceram. E agora nem lá no Japão se encontra qualquer coisa remotamente importante deste gênero de música, ou seja, quem comprou se deu bem, e quem esperou para comprar ficou na saudade. Esta retração não é indício de volta do Lp ou da fita cassete, mas sim da falta de interesse econômico da indústria. Haja visto serviços como Spotify e outros, prometendo qualidade de áudio.

      Se o vinil voltou, voltou com preços nas alturas. Só mesmo os adeptos mais obsecados irão investir nisso.

      Tecnologicamente, na minha opinião, representa um tremendo retrocesso, mas cada um sabe o que é melhor para si.

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