Concerto da OSB em noite inesquecível para os amantes do cinema

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A Orquestra Sinfônica Brasileira apresentou um concerto inesquecível no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com trilhas de filmes compostas por John Williams.

 

Uma noite para mim de grande emoção estava reservada no dia 11 de dezembro de 2018, para  fechar o ano com chave de ouro. Foi meu filho mais novo quem me convidou para ir ao Theatro Municipal assistir um concerto com o título “Tributo a John Williams”, o compositor moderno de inúmeras trilhas de cinema.

E nada mais nada menos do que a esplêndida Orquestra Sinfônica Brasileira estaria no palco do teatro para prestar este tributo, nesta noite acompanhada pela Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, em um projeto espetacular que foi explicado em um dos intervalos.

O meu filho (que cabotinamente mostro na foto abaixo, já dentro do teatro) começou muito jovem a gostar de música, e mais ou menos aos 13 anos um dia veio do colégio apaixonado por Beethoven. Nesta época nós estávamos morando em Cardiff, onde o ensino público tem disciplina sobre música como parte do currículo.

 

 

E em um belo dia, esse meu filho chegou revoltado do colégio porque a professora de música havia se referido a Beethoven como “um velho bêbado e sujo”.

Para sorte dele, a dita professora precisou se ausentar e a professora substituta era o oposto. E quando ela soube que o meu filho começava a gostar de música erudita, ela deu a ele todo o apoio, Beethoven principalmente.

Pois o amor à música é um dos maiores bens que se pode herdar dos pais, eu herdei e ele também! Tem que ser uma herança adquirida espontânea, e sentida, motivo pelo qual eu nunca impus gosto de qualquer coisa aos meus filhos.

O concerto da OSB

O Municipal estava lotado, talvez pelo assunto musical versar sobre trilhas de cinema, de gosto popular. Várias famílias levaram filhos de tenra idade, o que eu pessoalmente acho ótimo, porque se expõe a criança à música de bom gosto. Se ela vai gostar depois ou não, dependerá exclusivamente dela, mas a tendência é que o interesse surja eventualmente, portanto vale a pena tentar!

 

 

O programa começa com o arranjo para a trilha do filme Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida. O maestro é o norte americano Lee Mills, residente da OSB desde 2016. O seu entusiasmo é contagiante, o controle sobre a orquestra impecável. Talvez por conta disso, a interpretação de todas as peças leva o público ao delírio.

 

Para mim, o momento mais emocionante foi a execução a seguir de um medley da trilha do filme E.T. – O Extra Terrestre, cuja sequencia final tem um impacto visual de grande qualidade.

O programa oficial publicado foi oferecido ao público na entrada do teatro:

 

 

Não sei por que, mas falta nesta lista o segmento V de Star Wars: Sala do Trono e Tema Final. Como “Tema Final” foi elaborado um arranjo idêntico à fanfarra final de todos os filmes Star Wars, com a entrada no soar dos trompetes, aliás, um dos pontos altos de todas as trilhas destes filmes.

A produção do espetáculo fez uma brincadeira com o público fazendo entrar dois soldados imperiais, vestidos a caráter, naquele uniforme branco característico. Só faltava o personagem principal Darth Vader, mas ele não tardou a surgir no auditório.

Aplausos em profusão foram dados quando, falando em inglês, Vader convida a plateia para se juntar ao lado sombrio da Força, e mais ainda quando, em uma anedota óbvia, Vader se dirige ao maestro e lhe diz, também em inglês, que ele era o pai dele! Na saída do teatro os atores ficaram à disposição das pessoas para fotos, e a concorrência ali foi grande!

O Tema Final de Star Wars, pertencente aos créditos finais do primeiro filme (Episódio IV, na realidade) leva o público a ficar de pé, e então o maestro Mills volta ao palco e reprisa. Se dependesse das pessoas lá, ninguém saía do teatro!

O maestro Daniel Guedes exibe com proeminência a sua virtuosidade de violinista nos segmentos de A Lista de Schindler e depois na peça “Por Una Cabeza”, tango escrito por Carlos Gardel, junto com Alfredo Le Pera, e que ficou famoso pela interpretação do primeiro na década de 1930.

O tango aparece na trilha de Perfume de Mulher, como também na sequencia inicial de dança de Arnold Schwarzenegger e Tia Carrere, em True Lies, de James Cameron, e em vários outros filmes.

Não existe nada mais emocionante do que ouvir uma orquestra sinfônica do porte da OSB ao vivo no teatro. O som, sem amplificação de qualquer espécie, continua sendo a referência de audiófilos para ter uma ideia de como ele deve ser reproduzido em casa. Mas, acima de tudo, é a dinâmica orquestral que nos encanta tanto, dá vontade de levar para casa!

Uma noite agradabilíssima, que bem poderia ser reprisada. Quem não foi, perdeu!  Outrolado_

 

. . .

Concerto Tributo a John Williams, com a OSB e o maestro John Mills, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em dezembro de 2018

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E o seu projeto?

Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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